No sufoco, Corinthians derrota Al Ahly e está na final do Mundial de Clubes
Corinthians foi pressionado na segunda metada da etapa complementar da partida
Atacante Guerrero foi o autor do gol que garantiu a classificação do CorinthiansNo sufoco, o Corinthians estreou com vitória por 1 a 0 sobre o Al Ahly no Mundial de Clubes. Com o resultado, o time paulista conseguiu a vaga à final da competição que será realizada no domingo. O adversário sairá do confronto entre Chelsea e Monterrey.
Após um bom primeiro tempo, no qual teve tranquilidade para abrir o placar em um cabeceio de Guerrero, o Timão caiu demais na etapa final. A equipe recuou e levou pressão dos egípcios até o apito final de Marco Rodríguez.
No início, o Corinthians foi inteligente e fez um jogo de paciência. O Al Ahly recuou suas linhas de marcação e tirou o espaço de ação de Paulinho e Douglas, o que obrigou o clube brasileiro a trocar passes sem pressa, à espera da oportunidade.
Nos minutos iniciais, a bola só chegou à área egípcia em batidas de laterais diretas. O Alvinegro demonstrava algum nervosismo, do qual destoavam o tranquilo Danilo e o extremamente participativo Guerrero, aparentemente livre da lesão no joelho que pôs em risco sua atuação no Japão.
Para desequilibrar a marcação dos africanos, Tite tirou Emerson da esquerda, onde o combate de Fathi incomodava, e o trocou de lado com Danilo. Deu resultado, e o Timão passou a rondar mais perigosamente o gol defendido por Ekramy.
De uma das boas jogadas de Danilo, saiu o escanteio no qual o placar foi aberto. Aos 29 minutos, Douglas fez uma cobrança ruim, mas recebeu de Fábio Santos no rebote. Uma trivela precisa do camisa 10 achou a cabeça de Guerrero, em condição legal graças a um erro de Gomaa.
O Corinthians manteve o domínio até o final do primeiro tempo, mas caiu após o intervalo. O Al Ahly ganhou campo, passou a ficar mais com a bola e, a partir dos nove minutos, apostou no atacante Aboutrika, que havia começado no banco.
O experiente jogador entrou muito bem e soube aproveitar o posicionamento extremamente recuado do Corinthians. Ele deixou Fathi em ótima posição para marcar, mas o lateral, atrapalhado por Cássio, bateu para fora. Na sequência, Hamdy teve chance e perdeu o domínio.
Só Guerrero manteve o nível na etapa final, brigando muito, o que levou Tite a trocar Emerson por Romarinho, em tentativa de fechar o lado direito e ganhar opção de contra-ataque. Pouco depois, Jorge substituiu Douglas para fazer o mesmo pela esquerda.
Melhorou um pouco, mas o Timão teve de suportar pressão até o final, com direito a cinco minutos de acréscimo por conta de uma lesão do goleiro Ekramy. O campeão sul-americano se fechou de vez com Guilherme Andrade e deu à Fiel a vitória com sofrimento que ela tanto queria.
AL AHLY 0 X 1 CORINTHIANS
AL AHLY: Ekramy (Elseoud); Fathi, Gomaa, Naguib e Kenawi; Rabia, Ashour, Said (Aboutrika) e Soliman e Hamdi; Gedo (Meteab)
Técnico:Hossam El Badry
CORINTHIANS: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho, Danilo e Douglas (Jorge Henrique); Emerson (Romarinho) e Guerrero (Guilherme Andrade)
Técnico: Tite
Local: Toyota Stadium, em Toyota (Japão)
Data: 12 de dezembro de 2012, quarta-feira
Horário: 8h30 (de Brasília)
Árbitro: Marco Rodríguez (México)
Assistentes: Marvin Torrentera e Marcos Quintero (ambos do México)
Público: 31.417 pagantes
Gol: Guerrero, aos 29 minutos do primeiro tempo
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Jogo do Corinthians muda rotina de torcedores em SP.
Corinthians joga contra equipe do Egito no Mundial da Fifa.
Para taxista, horário da partida beneficiou trânsito na cidade
O jogo de estreia do Corinthians no Mundial de Clubes da Fifa alterava a
rotina dos torcedores e do trânsito na região da Avenida Paulista, em São Paulo,
na manhã desta quarta-feira (12). Por volta das 9h, era possível
perceber uma menor movimentação de carros na avenida e também
aglomerações de pedestres assistindo o jogo em bancas de revistas e
lanchonetes.
Às 9h, horário em que geralmente é registrado o pico de congestionamento no período da manhã, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 85 km de lentidão em toda a cidade. Apesar de o índice estar dentro da média para o horário, estava inferior ao que foi registrado nos outros dois dias desta semana.
Para o taxista José Alcimar Rodrigues Dias, de 42 anos, o horário da partida beneficiou o trânsito. Trabalhando na região da Paulista, ele comentou que fez quatro corridas a menos de duas horas do jogo começar e notou que a cidade estava mais vazia. "Os corintianos devem estar em casa", brincou. Em um dia normal, ele afirmou que gasta mais de uma hora para levar um cliente do Centro até a Vila Olimpia, na Zona Sul. Nesta quarta, em dia de estreia do Corinthians no Japão, fez o percurso em 28 minutos.
O consultor empresarial Bruno Martins, de 26 anos, era um dos torcedores que não conseguiram ficar em casa vendo o jogo por causa do trabalho. Ele aproveitou a televisão de uma padaria da Rua Haddock Lobo para assistir parte da disputa. Como tem que trabalhar durante a manhã, porém, não vai poder acompanhar toda a partida pela televisão. "Hoje é um dia complicado de negócios, não posso largar mão", disse.
Corintiano fanático, o consultor vai aliviar o sofrimento com a ajuda de um rádio comunicador que carrega. Um amigo que assiste ao jogo vai passar boletins informativos sobre a partida pelo aparelho ao longo da partida. Bruno pretende voltar à padaria depois para, ao menos, ver um trecho do segundo tempo.
Garagista levou televisão para o trabalho parapoder ver partida. (Foto: Lívia Machado/G1)
Às 9h, horário em que geralmente é registrado o pico de congestionamento no período da manhã, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 85 km de lentidão em toda a cidade. Apesar de o índice estar dentro da média para o horário, estava inferior ao que foi registrado nos outros dois dias desta semana.
Para o taxista José Alcimar Rodrigues Dias, de 42 anos, o horário da partida beneficiou o trânsito. Trabalhando na região da Paulista, ele comentou que fez quatro corridas a menos de duas horas do jogo começar e notou que a cidade estava mais vazia. "Os corintianos devem estar em casa", brincou. Em um dia normal, ele afirmou que gasta mais de uma hora para levar um cliente do Centro até a Vila Olimpia, na Zona Sul. Nesta quarta, em dia de estreia do Corinthians no Japão, fez o percurso em 28 minutos.
O consultor empresarial Bruno Martins, de 26 anos, era um dos torcedores que não conseguiram ficar em casa vendo o jogo por causa do trabalho. Ele aproveitou a televisão de uma padaria da Rua Haddock Lobo para assistir parte da disputa. Como tem que trabalhar durante a manhã, porém, não vai poder acompanhar toda a partida pela televisão. "Hoje é um dia complicado de negócios, não posso largar mão", disse.
Corintiano fanático, o consultor vai aliviar o sofrimento com a ajuda de um rádio comunicador que carrega. Um amigo que assiste ao jogo vai passar boletins informativos sobre a partida pelo aparelho ao longo da partida. Bruno pretende voltar à padaria depois para, ao menos, ver um trecho do segundo tempo.
Garagista levou televisão para o trabalho parapoder ver partida. (Foto: Lívia Machado/G1)
Já o assistente de motorista André Adubi, de 23 anos, confessa que
pensou em faltar ao trabalho para assistir o jogo, mas não teve coragem
de prejudicar seu colega de serviço, um motorista palmeirense. "Achei
que era sacanagem, mas até entrar na empresa, pensei em não ir pra poder
ver o jogo. Sou corintiano até antes de nascer", disse.
Adubi entrou no trabalho às 5h30 e saiu para a primeira entrega às 7h. Como o rádio da van em que trabalha está quebrado, pretende acompanhar o jogo perguntando às pessoas na rua. "A gente dá um jeito. Para numa televisão, pergunta, tenta assistir o que dá", comentou.
Michel de Souza, de 28 anos, é um corintiano que trabalha como garagista em um prédio comercial na Avenida Paulista. Para conseguir acompanhar o jogo de seu time pela televisão, pegou emprestado o aparelho do pai e levou para o trabalho. Trocou a bicicleta, seu meio de transporte habitual, pelo carro, e entrou no trabalho às 8h, 30 minutos antes do jogo começar. Assim, conseguiu assistir à partida durante o expediente. Para ele, a única coisa que faltou foi vestir a camiseta do Corinthians para dar sorte. "Queria estar com ela, mas tenho que trabalhar de social, não pode", disse.
O pedreiro Nilson Vanderlei Mariano, de 42 anos, que trabalhou durante toda a madrugada de quarta, atrasou a hora de ir para cama. “Trabalhei ontem o dia inteiro e a noite toda. Já era para eu estar descansando, mas eu não queria perder o jogo. Tô morrendo de sono”, contou ao G1. Ele está certo de que o Corinthians será campeão. “O Santos tomou de quatro, nos vamos enfiar quatro na final.”
O analista de rede Márcio Yassuo Shimura, de 27 anos, também atrasou sua rotina. Durante as manhãs, ele costuma fazer academia, mas nesta quarta ele preferiu acompanhar o jogo na Avenida Faria Lima com os amigos. “Tomei bastante café, mas agora não estou com mais sono não. Foi muita adrenalina. Foi dramático até final. Agora é só esperar domingo”, disse.
Dono fechou banca de jornal na Zona Leste paraver jogo (Foto: Letícia Macedo/G1)
Adubi entrou no trabalho às 5h30 e saiu para a primeira entrega às 7h. Como o rádio da van em que trabalha está quebrado, pretende acompanhar o jogo perguntando às pessoas na rua. "A gente dá um jeito. Para numa televisão, pergunta, tenta assistir o que dá", comentou.
Michel de Souza, de 28 anos, é um corintiano que trabalha como garagista em um prédio comercial na Avenida Paulista. Para conseguir acompanhar o jogo de seu time pela televisão, pegou emprestado o aparelho do pai e levou para o trabalho. Trocou a bicicleta, seu meio de transporte habitual, pelo carro, e entrou no trabalho às 8h, 30 minutos antes do jogo começar. Assim, conseguiu assistir à partida durante o expediente. Para ele, a única coisa que faltou foi vestir a camiseta do Corinthians para dar sorte. "Queria estar com ela, mas tenho que trabalhar de social, não pode", disse.
O pedreiro Nilson Vanderlei Mariano, de 42 anos, que trabalhou durante toda a madrugada de quarta, atrasou a hora de ir para cama. “Trabalhei ontem o dia inteiro e a noite toda. Já era para eu estar descansando, mas eu não queria perder o jogo. Tô morrendo de sono”, contou ao G1. Ele está certo de que o Corinthians será campeão. “O Santos tomou de quatro, nos vamos enfiar quatro na final.”
O analista de rede Márcio Yassuo Shimura, de 27 anos, também atrasou sua rotina. Durante as manhãs, ele costuma fazer academia, mas nesta quarta ele preferiu acompanhar o jogo na Avenida Faria Lima com os amigos. “Tomei bastante café, mas agora não estou com mais sono não. Foi muita adrenalina. Foi dramático até final. Agora é só esperar domingo”, disse.
Dono fechou banca de jornal na Zona Leste paraver jogo (Foto: Letícia Macedo/G1)
Banca de jornal fechada e atrasos
De origem libanesa, Mirhi Jarouche, de 34 anos, não costuma fechar sua banca de jornais na Praça Silvio Romero, na Zona Leste, nem em dia de jogos da seleção brasileira. Porém, nessa manhã ele não teve dúvidas e baixou as portas. “Abri às 6h, mas fechei para ver o jogo. Na hora que eu vejo a bandeira preto e branca, eu não penso em outra coisa. Domingo a gente vai ser campeão”, disse o comerciante, que faz aniversário no domingo. Questionado se não ficou penalizado de não poder torcer pelo time egípcio, Mirhi garantiu que segue “as tradições [árabes] direitinho, menos quando o assunto é futebol”.
De origem libanesa, Mirhi Jarouche, de 34 anos, não costuma fechar sua banca de jornais na Praça Silvio Romero, na Zona Leste, nem em dia de jogos da seleção brasileira. Porém, nessa manhã ele não teve dúvidas e baixou as portas. “Abri às 6h, mas fechei para ver o jogo. Na hora que eu vejo a bandeira preto e branca, eu não penso em outra coisa. Domingo a gente vai ser campeão”, disse o comerciante, que faz aniversário no domingo. Questionado se não ficou penalizado de não poder torcer pelo time egípcio, Mirhi garantiu que segue “as tradições [árabes] direitinho, menos quando o assunto é futebol”.
O assistente de negócios Cleber de Oliveira, de 36 anos, deveria entrar
na empresa que trabalha às 9h. Nesta quarta, porém, a estreia do
Corinthians no mundial fez com que atrasasse 15 minutos. "Queria
garantir ao menos o primeiro tempo", disse o torcedor, que afirmou ser
fanático e associado a Gaviões da Fiel. "A gente é doente, mas tem que
saber avaliar. Queria muito ter ido para o Japão, mas não tinha como",
disse.
A recepcionista Caroline Farias, de 19 anos, também chegou atrasada no trabalho por causa do jogo. “Nem avisei para a minha patroa, porque ela não ia me deixar ficar em casa mesmo. Mas já era para eu estar lá. Mas o atraso valeu a pena, claro”, disse enquanto caminhava rapidamente pela estação Tatuapé, na Zona Leste.
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A recepcionista Caroline Farias, de 19 anos, também chegou atrasada no trabalho por causa do jogo. “Nem avisei para a minha patroa, porque ela não ia me deixar ficar em casa mesmo. Mas já era para eu estar lá. Mas o atraso valeu a pena, claro”, disse enquanto caminhava rapidamente pela estação Tatuapé, na Zona Leste.
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