Gringos que adotaram o Corinthians no Brasil compartilham ansiedade para o Mundial
Bruno FreitasDo UOL, em São Paulo
A ansiedade pela participação no Mundial de Clubes daqui a poucos dias toma conta da torcida do Corinthians e contamina até os gringos que escolheram o time para torcer aqui no Brasil, morando longe de seus países.
O UOL Esporte conversou com dois estrangeiros que residem no Brasil e conheceu suas histórias de aproximação com o atual campeão da Libertadores. Em comum, o fascínio pelo poder da torcida nas arquibancadas e pela aura de "time do povo".
RODRIGO (chileno, estudante de Publicidade)
Nome: Rodrigo Dinamarca Martínez / Cidade: Santiago (CHI) / Idade: 26 anos (dois no Brasil)Como Conheceu o Corinthians?
Conhecia de nome quando morava no Chile, mas não conhecia a história, como era visto dentro de São Paulo. Conhecia mais os times cariocas, como Flamengo e Vasco.
Por que escolheu ser corintiano?
Conhecia só o Palmeiras por causa do Valdivia. Fui conhecendo mais, cada um dos times. O Corinthians foi mais natural, gostei por ser o time do povo, da origem popular, de torcida humilde. Aliás, tem as mesma cores do meu time do Chile, o Colo Colo, preto e branco.
Virando um fiel corintiano
Tenho camisa do Brasileirão que ganhou, do ano passado. (...) Fui várias vezes ao Pacaembu, fui no Morumbi também no meio da torcida são-paulina. Fui infiltrado mesmo para torcer.
Fascínio pela torcida
A torcida é bem diferente no jeito de cantar as músicas. No Chile é mais ritmo, parecido com a maneira com que as torcidas cantam na Argentina, com bandinha na torcida. Mas na do Corinthians está sempre lotada, é fiel mesmo, torcendo bastante. Das torcidas de São Paulo é a mais expressiva.
Vai ser campeão no Japão?
Estou esperando, torcendo para ganhar. Será meu primeiro Mundial como torcedor.
SHAMELL (norte-americano, jogador de basquete do EC Pinheiros)
Nome: Shamell Jermaine Stallworth / Cidade: São Franscisco (EUA) / Idade: 32 anos (oito no Brasil)
Fui assistir a um jogo do Palmeiras, fui ver o Santos, o São Paulo. O ultimo foi o Corinthians. Na época a família da mulher me convenceu, todos corintianos. O jogo do Corinthians foi o que eu gostei mais. Foi um clássico contra o Palmeiras.
Por que escolheu ser corintiano?
Passei a começar a gostar mais de futebol, porque sou americano, não curtia tanto o futebol. Gostei da pegada do Corinthians, tem mais a minha cara.
E eu moro do lado Pacaembu
Encanto com a Fiel
Fico no meio de tudo. Na torcida, na Gaviões mesmo, às vezes levo meus filhos (gêmeos de 5 anos), aí vou para uma área mais tranquila, para eles curtirem mesmo. Mas já fiquei em todo canto do Pacaembu (...) Não consigo cantar. Meus filhos cantam, mas eu não sei. Às vezes tento no estádio, mas eu nunca gravo.
Ganha final num eventual encontro com o Chelsea?
A escalação será diferente em relação à Libertadores. No Brasil o time joga muito bem. Mas eu sei as dificuldades de jogar contra a Europa. A gente tem chances. Temos que fazer nosso melhor jogo, porque os caras vão vir na pegada. Mas certeza que a gente consegue pelo menos um empate. Vai ser um jogo dramático, quem sabe a gente consegue um golzinho no finalzinho.
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