Wagno de Freitas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Wagno de Freitas, mais conhecido como Vaguinho (Sete Lagoas, MG, 11 de fevereiro de 1950), é um ex-futebolista brasileiro.Vaguinho jogava como ponta-direita e era considerado um jogador rápido e técnico, com bom aproveitamento nos cruzamentos.[1] Começou no Atlético Mineiro, fazendo a torcida esquecer Lucas Miranda, apesar do pouco tempo que ficou no clube.[2] Em 19 de dezembro de 1968, aos 18 anos, vestiu pela primeira vez a camisa da seleção brasileira, contra a Iugoslávia, em partida no Mineirão em que foram escalados apenas jogadores do Atlético.[3] O Brasil venceu por 3 a 2 e Vaguinho marcou um gol e deu o passe para os outros dois. Dos treze jogadores que participaram daquela partida, Vaguinho foi um dos quatro que jogaram mais de uma vez com a camisa amarela, mas sua nova convocação só se daria em 15 de junho de 1971. Entrou no segundo tempo contra a Tchecoslováquia, no lugar de Paulo Cézar Caju, e foi titular no jogo seguinte, a despedida de Pelé da Seleção, assim como nos quatro jogos seguintes. Só voltaria a ser chamado uma vez mais, para um jogo contra um combinado "Resto do Mundo", em 6 de junho de 1976. No total, disputou sete jogos oficiais e um não-oficial pela Seleção, marcando um gol.[4]
Com a conquista do Campeonato Mineiro de 1970 no currículo, foi vendido no segundo semestre de 1971 ao Corinthians. O começo no clube paulista não foi dos melhores, com uma perna quebrada em lance com Gérson, do São Paulo, no Campeonato Brasileiro de 1971, em um lance em que o árbitro Armando Marques sequer marcou falta, apesar de o jogador ter tido de sair de campo carregado nos ombros.[5] Ele ficaria afastado por quatro meses, até o início da temporada de 1972.[6] Depois disso, passaria ser o titular da camisa 7 por quase uma década.[7] Passou por maus momentos, como a decisão do Campeonato Paulista de 1974, perdida para o Palmeiras, mas participou de um dos grandes momentos da história corintiana: a conquista do Campeonato Paulista de 1977.
Quase ficou fora do segundo jogo das finais contra a Ponte Preta. Quando soube que daria lugar a Luciano, comprou briga com o técnico Osvaldo Brandão, mas de nada adiantou e teve de ficar no banco, chateado por não sair no que poderia ser a foto do título[8] (que o Corinthians conquistaria com um empate). Com a contusão de Palhinha ainda no primeiro tempo, Vaguinho substituiu-o e abriu o placar aos 42 minutos. Se a Ponte Preta não tivesse virado o jogo no segundo tempo, ele poderia ter sido o herói da conquista, "cargo" que ficou para Basílio, autor do gol da vitória no terceiro jogo — em lance que se originou em um chute do próprio Vaguinho na trave. "Pedi para o [lateral] Zé Maria jogar a bola no segundo pau, porque havia um buraco ali", contaria em 2007 à revista Placar. "Mas ele errou o chute, a bola bateu na cabeça do Basílio e acabou sobrando para mim. Peguei quase caindo, ela veio toda quadrada, mas ainda deu para acertar a trave."[8]
Foi ainda titular na campanha em que o Corinthians conquistou o Campeonato Paulista de 1979, embora nas finais tenha ficado na reserva de Píter,[7] contratado junto ao Goiás justamente para motivar Vaguinho.[9] Voltou ao Galo já com mais de trinta anos, mas ainda ajudou o time a conquistar o Campeonato Mineiro de 1981. Depois de uma passagem pela Ponte Preta, encerrou a carreira no Santo André.[2] Hoje é professor de futebol para crianças em São Gotardo (Minas Gerais).[8]
Referências
- ↑ Enciclopédia do Futebol Brasileiro, Areté Editorial, 2001, pág. 362
- ↑ a b "Homens de preto e branco", Placar número 1.316-A, março de 2008, Editora Abril, pág. 37
- ↑ Ivan Soter, André Fontenelle, Mario Levi Schwartz, Dennis Woods e Valmir Storti, Todos os Jogos do Brasil, Editora Abril, 2006, pág. 247
- ↑ "A história em seus pés", Placar número 1.094, maio de 1994, Editora Abril, pág. 104
- ↑ "Fratura", Fuasto Netto, Arthur Ferreira, Divino Fonseca, Carlos Libório, Carlos Maranhão, Ronildo M. Leite e José Maria de Aquino, Placar número 86, 5/11/1971, Editora Abril, pág. 8
- ↑ Celso Dario Unzelte, Almanaque do Timão Placar, Editora Abril, 2000, pág. 520
- ↑ a b Celso Dario Unzelte, Almanaque do Corinthians Placar, Editora Abril, 2005, pág. 723
- ↑ a b c "O quase herói de 1977", Celso Unzelte, Placar número 1.311-A, outubro de 2007, Editora Abril, pág. 23
- ↑ Celso Dario Unzelte, Almanaque do Timão Placar, Editora Abril, 2000, pág. 508
Ligações externas
Ver avaliações
Avaliar esta página
Redação
Nenhum comentário:
Postar um comentário