quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A Rivaidade

No ano seguinte, os dois grandes rivais voltariam a se encontrar na Libertadores, só que na fase semifinal. O duelo, vencido novamente nos pênaltis pelo Palmeiras, também trazia como ingredientes o fato de o alviverde defender o título continental de 1999 e o Corinthians conquistar, no início de 2000, o primeiro Campeonato Mundial de Clubes da Fifa. Os novos confrontos, realizados no Estádio do Morumbi, foram também vistos como uma forma de revanche corintiana sobre seu arquirrival, em relação ao mata-mata do ano anterior. Na primeira partida das semifinais da Libertadores de 2000, o Corinthians venceu o Palmeiras por 4 a 3. Depois de abrir o placar com um gol do meio-campista Ricardinho e permitir que a equipe alviverde empatasse o jogo em 3 a 3, o alvinegro decidiu o jogo nos minutos finais, com um gol do volante Vampeta. A partida decisiva, disputada no dia 6 de junho, teve doses elevadas de emoção, já que contou com duas viradas de placar. O Palmeiras abriu a contagem com um gol do atacante Euller. O Corinthians chegou à primeira virada com dois gols de Luizão. O Palmeiras virou novamente o jogo e definiu o placar em 3 a 2, com gols de Alex e Galeano. Com a igualdade no saldo de gols, a classificação para a próxima fase entre as duas equipes foi, pelo segundo ano consecutivo, definida nas cobranças de pênalti. O Palmeiras eliminou o Corinthians, pois converteu as cinco cobranças, enquanto o adversário desperdiçou o último tiro livre indireto, depois que o goleiro Marcos defendeu a cobrança do ídolo corintiano Marcelinho Carioca, num dos momentos mais marcantes da história da competição e do próprio derby paulista[11][12].
  • Em 2011, Palmeiras e Corinthians fizeram um jogo bastante tenso pelas semifinais do Campeonato Paulista. Com arbitragem polêmica do juiz Paulo César de Oliveira, o alviverde jogou a maior parte da partida com um jogador a menos, já que o zagueiro Danilo foi expulso por carrinho violento sobre o centroavante corintiano Liédson. Apesar da adversidade e também da expulsão do técnico Luis Felipe Scolari, o Palmeiras dominou a partida e fez o primeiro gol, aos 7 minutos do segundo tempo, com o zagueiro Leandro Amaro. O Corinthians, por sua vez, empatou o jogo aos 19 minutos, com gol do atacante William. A disputa era em jogo único e, como terminou empatada, a decisão foi para os pênaltis. Nas cobranças, o goleiro corintiano Júlio César defendeu a sexta cobrança, do jogador palmeirense João Vítor, e o peruano Ramirez acertou a cobrança alvinegra, classificando a equipe às finais do campeonato e quebrando um tabu do Corinthians, que nunca havia eliminado o arquirival por meio de cobranças de pênalti.[13]
  • No mesmo ano, em dezembro, os arquirrivais voltaram a se encontrar num jogo decisivo. O Palmeiras não tinha chances de título e já estava classificado para a Copa Sul-Americana de 2012, mas o Corinthians jogava a partida que poderia trazer sua quinta conquista do Campeonato Brasileiro, disputado no sistema de pontos corridos. A equipe alvinegra era a líder da competição e precisava apenas de um empate para conseguir o título, enquanto o Vasco, segundo colocado na tabela, precisava torcer pela vitória do Palmeiras e derrotar seu arquirrival Flamengo no Estádio Engenhão para conseguir ser campeão. No Estádio do Pacaembu, Corinthians e Palmeiras fizeram um jogo tenso, com duas expulsões de cada lado, mas sem gols, enquanto Vasco e Flamengo empataram por 1 a 1 no Rio de Janeiro. Ao final de ambas as partidas, o Corinthians se sagrou campeão do Campeonato Brasileiro de 2011. O Palmeiras ficou na décima primeira posição do campeonato. O Vasco, por sua vez, ficou com o vice-campeonato e o Flamengo ficou na quarta posição da tabela.[14]


Informações

 

  • Nas duas vezes em que se enfrentaram pela Taça Libertadores da América, o Palmeiras eliminou o Corinthians nos pênaltis: em 1999, nas quartas-de-final, e em 2000, nas semifinais. Na primeira disputa, em 1999, o Palmeiras venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e o Corinthians venceu o segundo pelo mesmo placar, levando a decisão para os pênaltis, que resultaram em vitória alviverde por 4 a 2 (que futuramente seria campeão da competição). Na Libertadores de 2000, o Corinthians venceu o primeiro jogo por 4 a 3 e o Palmeiras venceu o segundo por 3 a 2, levando a decisão para os pênaltis. Ao final, a equipe alviverde bateu o Corinthians por 5 a 4.
  • No ano em que o Palmeiras disputou e ganhou a Série B (2003) o Corinthians foi campeão paulista; no ano em que o Corinthians disputou e ganhou a Série B (2008), o Palmeiras também acabou sendo campeão paulista.
  • O título mais expressivo conquistado pelo Palmeiras foi a Taça Libertadores em 1999. O título mais expressivo conquistado pelo Corinthians foi o Mundial de Clubes da Fifa de 2000, que o rival jamais conquistou, além da Copa Libertadores de 2012. No Torneio Rio-São Paulo, há igualdade. O Palmeiras conquistou os títulos de 1933, 1951, 1965, 1993 e 2000. O Corinthians foi campeão nas edições de 1950, 1953, 1954, 1966 e 2002.
  • O Palmeiras disputou a Série B dez anos depois de ser bicampeão brasileiro (1993 e 1994); o mesmo aconteceu com o Corinthians, que disputou a Série B em 2008, também dez anos depois do primeiro título de um bicampeonato brasileiro (1998 e 1999).
  • Nas duas disputas diretas entre os dois times no Século XXI, o Corinthians eliminou o Palmeiras, ambas as vezes pelas semifinais do Campeonato Paulista de Futebol. Em 2003, o Corinthians levou a melhor sobre o Palmeiras, empatando a primeira partida por 2 a 2 e vencendo a segunda por 4 a 2. Em 2011, em partida única, o Derby terminou empatado por 1 a 1 e a equipe alvinegra venceu a disputa por pênaltis, por 6 a 5.
  • Das 341 partidas entre ambos, o placar de 2 a 1 é o mais comum, tendo se repetido 58 vezes, segudo pelo placar de 1 a 0, que ocorreu em 57 oportunidades. Ocorreram apenas 32 empates por 0 a 0.
  • Há quase 40 anos que O Derby não é disputado no estádio do Palmeiras, o Estádio Palestra Itália: em 1976 o Palestra Itália viu seu último clássico entre Palmeiras e Corinthians, pois desde então ambos os times não aceitam a recepção ou visita no mesmo, configurando-se como o primeiro clássico do país a atingir este grau de rivalidade. A maior parte das disputas nestes 35 anos foram realizadas no neutro estádio municipal do Pacaembu ou no Estádio do Morumbi, pertencente ao São Paulo Futebol Clube
 

 

 
 

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