sábado, 20 de outubro de 2012

Roberto Rivelino- O Rivelino

Roberto Rivellino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
Roberto Rivellino (São Paulo, 1 de janeiro de 1946) é um ex-futebolista brasileiro. Jogou de meados da década de 1960 ao fim da década de 1970 pelo Corinthians e pelo Fluminense. Também atuou como comentarista de televisão durante a década de 1990.
 
Football pictogram.svg Roberto Rivellino
Roberto Rivelino from left and right Najeeb Al Imam in 1979 in Saudi Arabia.jpg
Rivellino (à esquerda), no Al-Hilal
Informações pessoais
Nome completo Roberto Rivellino
Data de nasc. 1 de janeiro de 1946 (66 anos)
Local de nasc. São Paulo (SP), Brasil
Altura 1,71m
Peso 75 kg
Apelido Rivellino, Riva, Bigode,
Patada Atômica, Garoto do Parque,
Reizinho do Parque
Informações profissionais
Posição Meio-campista, ponta-esquerda
Clubes de juventude
1963–1965 Brasil Corinthians
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1965–1974
1972
1974–1978
1978–1981
1981
Brasil Corinthians
Brasil Portuguesa
Brasil Fluminense
Arábia Saudita Al-Hilal
Brasil São Paulo
Total
474 (144)
1 (1)
158 (53)
57 (23)
1 (0)
811 (261)
Seleção nacional
1965–1978 Brasil Brasil 120 (40) 
 
Atuou em importantes clubes do Brasil. Foi titular da seleção brasileira tricampeã mundial na Copa de 70, no México. Começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1970, e então se transferiu para o Fluminense, onde jogou até 1983. Jogador extraclasse, de técnica apurada na perna esquerda que lhe permitia um futebol brilhante de lançamentos longos e passes precisos, potentes chutes de longa e meia distância, foi também exímio cobrador de faltas. Diego Maradona em várias entrevistas o considerou o melhor jogador que viu jogar. É considerado o maior jogador da história do Corinthians.

Carreira

Nascido numa família de imigrantes italianos da localidade de Macchiagodena (Isérnia), começou sua carreira como amador no Clube Atlético Indiano na capital paulista[1]

Corinthians

Sua carreira profissional teve início no Sport Club Corinthians Paulista, onde tornar-se-ia um de seus maiores ídolos, após ser recusado em uma "peneira" no arquirival do Timão, o Palmeiras. Por isso, sempre fazia questão de jogar bem contra o Palmeiras, para mostrar a esse clube o erro que cometeu.
Foi com a camisa do Corinthians que o "Reizinho" marcou mais gols (141) em toda sua carreira.
Como jogador do Corinthians foi a época na qual Rivellino fez mais sucesso na seleção brasileira, Junto com o seu período no Tricolor ; foi um dos destaques da seleção que venceu a Copa do Mundo de 1970 e recebeu o apelido dos mexicanos de "Patada Atômica"; e foi o camisa 10 do Brasil de 1974, sendo um dos poucos jogadores brasileiros que apresentaram um bom futebol nessa Copa.
Quando foi campeão do mundo em 70, Rivellino teria declarado que trocaria aquela glória por um simples título de campeão paulista pelo Corinthians. Coisa que, em dez anos de clube, ele jamais conseguiu. Teve essa chance na decisão de 1974 (ano em que também foi o principal jogador da seleção, na Copa do Mundo), contra o Palmeiras. Mas, como todo o time, jogou mal. Nos dias seguintes à perda do título, a diretoria do clube, que precisava de um bode expiatório, elegeu Rivellino como culpado. E negociou o seu passe com o Fluminense, do Rio de Janeiro. Partiu deixando um duplo sentimento de revolta e agradecimento no fundo do seu coração corintiano.
Pelo Corinthians conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1966.

Portuguesa

Em 1972, o Corinthians cedeu Rivellino por empréstimo para a Portuguesa para atuar em um jogo amistoso em comemoração à inauguração do Estádio do Canindé. O jogo foi contra a equipe do Zeljeznicar, da antiga Iugoslávia. Rivellino atuou cerca de 40 minutos a fez um dos gols na vitória da Portuguesa por 2x0. O gol, curiosamente, foi feito com o pé direito, ao invés de sua famosa canhota.[2]

Fluminense

Rivellino estreou no Fluminense em 8 de fevereiro de 1975, num amistoso, em pleno sábado de Carnaval, justamente contra o seu ex-time. O resultado foi 4 a 1 para os cariocas, com três gols seus.
O Fluminense na época foi chamado de "Máquina Tricolor", sendo considerado uma das melhores equipes da época do futebol nacional, conquistou o bicampeonato estadual (75/76) e foi por duas vezes semifinalista do campeonato brasileiro: em 1975, perde para o Internacional, e em 1976 perde para o Corinthians, no jogo em que houve a famosa Invasão Corintiana.
Além de Rivellino, havia outros grandes craques, como Paulo César Lima, Doval, Pintinho, Carlos Alberto Torres e Edinho, entre outros, numa equipe que vivia se exibindo pelo mundo em grandes torneios internacionais. Teve várias atuações de destaque pela equipe carioca, sendo que em um jogo contra o Vasco da Gama, marcou o gol mais famoso de sua carreira, aplicando o drible elástico no médio volante Alcir, da equipe cruzmaltina, e passando por mais dois jogadores cruzmaltinos antes de fazer o gol da vitória tricolor. No Fluminense que Rivelino atuou (de 1975 a 1983).

Al Hilal

Em 1978 deixou o tricolor ao ser vendido para futebol árabe. No Al Hilal, da Arábia Saudita, onde foi campeão da Copa do Rei e campeão nacional. Desavenças com o príncipe Kaled fizeram com que Rivellino encerrasse sua carreira mais cedo, em 1981, aos 35 anos, sendo que pretendia jogar até os 42 anos.

São Paulo

Ainda no mesmo ano, no dia 22 de setembro de 1981, logo após encerrar oficialmente sua carreira futebolística, disputou uma partida como jogador do São Paulo contra a seleção da Arábia Saúdita. O jogo foi um amistoso, realizado no Morumbi, em São Paulo.[3][4]

Seleção Brasileira

Na Copa do Mundo de 1970, Rivellino, foi um dos destaques da Seleção Brasileira tricampeã do mundo no México em 1970, seleção esta que é tida por muitos como o melhor time de futebol já formado no mundo. Nessa época, Rivellino angariou um grande número de fãs internacionais, sendo talvez o mais famoso deles o argentino Diego Maradona, que o tinha como ídolo e exemplo em sua infância. Diego se entusiasmara pelas jogadas com a perna esquerda, já que Rivellino era canhoto como ele. Também gostava da sua postura rebelde dentro de campo, sempre de cabelos longos, gesticulando e incentivando seus companheiros. Depois da Copa de 1970, Rivellino ainda seria campeão pela Seleção Brasileira do Torneio da Minicopa, disputado no Brasil em 1972. Na Copa do Mundo de 1974, apesar de continuar se destacando e marcando belos gols, como o que fez contra a Alemanha Oriental ao cobrar uma falta extremamente precisa, mandando a bola numa brecha da barreira aberta por Jairzinho que se abaixou na hora certa, seria prejudicado pela fraca campanha da equipe. Em 1978 seria convocado para sua terceira Copa, mas acabou ficando na reserva na maior parte da competição.

Jogadas famosas

Rivellino teria começado seu futebol jogando em quadras, na modalidade conhecida por Futsal. Graças a essa origem, desenvolveu uma série de jogadas curtas com a perna esquerda que viriam a fazer grande sucesso nas categorias de base do Corinthians, mais tarde no time principal. É tido como o inventor do drible "elástico", que consiste em fazer um movimento de vai-e-vem com a bola usando o mesmo pé. Mas o próprio Rivellino já disse, por diversas vezes, que copiou o drible de um colega do futsal, de origem japonesa, o ex-camisa 8 do Corinthians Sérgio Echigo. Foi com a camisa do Fluminense, contra o Vasco da Gama que o drible eslástico ficou eternizado no imaginário popular.
Excelente cobrador de faltas, chamava a atenção pelos potentes tiros desferidos com a perna esquerda. Na Copa do Mundo de 1970, o primeiro gol da seleção brasileira foi feito por ele, em uma cobrança de falta contra a Tchecoslováquia.

Apelidos

  • Reizinho do Parque, dado pelo jornalista esportivo Antônio Guzmán na década de 1960, em sua época majestosa de Corinthians;
  • Patada Atômica, chamado assim pelos mexicanos na campanha da Seleção Brasileira na Copa de 70, por seus potentes chutes de canhota. Outros dizem que esse apelido foi dado pelo locutor Waldyr Amaral, durante a Copa do Mundo de 1970;
  • Bigode: chamado assim pelos colegas futebolistas. Quando jogador, tinha 1,71 m e 75 kg e atraía muito a atenção seu bigode, que começou a usar a partir de 1971 e que o manteve até então.
  • Riva: Utilizado carinhosamente por torcedores do Fluminense, o apelido é uma abreviação do seu sobrenome.

Títulos

Internacionais

Brasil Seleção Brasileira
 

Nacionais

Brasil Corinthians
Brasil Fluminense
Arábia Saudita Al-Hilal

Campanhas de destaque

Internacionais

Brasil Seleção Brasileira

Nacionais

Brasil Corinthians
Brasil Fluminense

Outras conquistas

Internacionais

Brasil Seleção Brasileira
Brasil Corinthians
Brasil Fluminense

Nacionais

Brasil Corinthians
  • Pentagonal do Recife: 1965
  • Triangular de Goiânia: 1967
  • Taça Piratininga: 1968
Brasil Fluminense

Prêmios

Seleção da América do Sul de todos os tempos

Foi escolhido ainda para integrar a seleção da América do Sul de todos os tempos. A enquete foi realizada com cronistas esportivos de todo o mundo.[carece de fontes]
Seleção da América do Sul
Jogador País
Fillol Argentina
Carlos Alberto Torres Brasil
Figueroa  Chile
Daniel Passarella Argentina
Nilton Santos Brasil
Gérson Brasil
Di Stéfano Argentina
Rivelino Brasil
Didi Brasil
Garrincha Brasil
Pelé Brasil

Referências

  1. TEIXEIRA HEIZER, H. - O jogo bruto das copas do mundo São Paulo: Mauad Editora, 1997 (página 200).
  2. Rivellino - Que fim levou?
  3. SPFC contra Seleções Nacionais! (em português). SPFCpédia (27 de janeiro de 2008). Página visitada em 16 de fevereiro de 2011.
  4. Imagem da revista Placar, com uma matéria sobre o jogo. (em português). SPFCpédia (27 de janeiro de 2008). Página visitada em 16 de fevereiro de 2011.

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