No início de
1981, o presidente Vicente Matheus foi buscar pessoalmente na
Arábia Saudita o meio-campo
Zenon, que havia se destacado no
Guarani Futebol Clube em temporadas anteriores e assumiria a camisa 10 do Corinthians, no lugar de Palhinha.
[80]
Mas após não conseguir um bom desempenho no Campeonato Paulista daquele
ano - que era classificatório para o Campeonato Brasileiro do ano
seguinte -, o clube teve de jogar a
Taça de Prata, espécie de "segunda divisão" do Campeonato Brasileiro, em
1982[81]
Os resultados ruins em campo levaram a mudanças na diretoria, com a
saída de Vicente Matheus, e os jogadores passaram a ter papel ativo nas
decisões do clube. Tudo era resolvido pelo voto, das contratações ao
local de concentração.
[75] O período ficou marcado como a "
Democracia corintiana".
[82] As mudanças surtiram efeito. Em
1982, quando liderados pelos ídolos Sócrates, Wladimir,
Casagrande,
[83] Biro-Biro e Zenon, o clube conquistou o Campeonato Paulista em cima do São Paulo, que tentava o tricampeonato na competição.
[75] No ano seguinte, o Corinthians repetiria a final contra o rival e uma vez mais conquistaria o torneio.
[84] Ainda naquele ano, o Corinthians havia aplicado a maior goleada da história do
Campeonato Brasileiro, um acachapante 10 a 1 sobre o
Tiradentes, do
Piauí - com 4 gols de Sócrates.
No ano seguinte, a equipe corintiana não conseguiu o seu quarto tricampeonato paulista, tendo perdido o título para o
Santos. Já pelo
Campeonato Brasileiro, o time do Parque São Jorge fez sua melhor campanha desde o vice-campeonato da
edição de 1976 e chegou à semifinal. O plantel alvinegro foi eliminado pelo
Fluminense, mas a campanha é também lembrada pela goleada por 4 a 1 sobre o
Flamengo de
Zico e companhia. Em
1985, já sem Socrátes em seu plantel
[85]
e com o fim da Democracia Corintiana, a nova diretoria corintiana
apostou na consolidação de uma grande equipe, com as contratações de
De León, que deixou o
Grêmio como o jogador mais caro do futebol brasileiro até então,
Serginho Chulapa e
Dunga, que se somavam a reforços do ano anterior, como
Carlos,
Édson e
Juninho, contratados da
Ponte Preta, quanto aos bem-estabelecidos Wladimir, Biro-Biro, Zenon e Casagrande.
[86]
O grande time, porém, só ficou no "papel": no Campeonato Brasileiro, o
Timão foi eliminado antes das semifinais, e no Campeonato Paulista, a
equipe ficou apenas em quinto lugar.
[86]
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